segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pouca Vogal


O trabalho de Humberto Gessinger é a dualidade entre ódio e paixão. Em 1986 ele foi um dos fundadores dos Engenheiros do Hawaii. Você algum dia deve ter ouvido falar nesse nome ou ter escutado um tal de "Papa que é Pop" ou, ainda, um "Pra ser sincero de alguma coisa"... ou não! Não nego que sou um profundo admirador da banda gaúcha, até porque suas músicas ainda hoje dão um toque de poesia ao cenário musical brasileiro, fadado ao ostracismo de bandas manipuladas pela "nova onda do momento", leia-se mercado fonográfico. Respeito a todas as bandas que foram concebidas nos anos de 1980, no cenário do rock´n roll nacional, apesar de gostar apenas de duas delas (e Legião Urbana), pois considero um momento histórico em que se fazia arte pela arte. Sem compromisso com fãs. Sem compromisso com gravadoras. Fazia-se amor com o próprio instinto natural da arte.

Filosofias de bar à parte não falarei de Engenheiros do Hawaii. Não falarei (por enquanto) do que sou fã. Venho através deste, a covite do meu amigo Rodrigo, falar sobre Pouca Vogal. Projeto do duo Humberto Gessinger e Duca Leindencker, este último, vocalista da, também, banda gaúcha Cidadão Quem. No último dia 19, eles lançaram oito músicas na internet e, sinceramente, confesso: me surpreenderam. Apenas com violões (nylon, caipira), uma guitarra, piano e instrumentos de percussão, fazem músicas belíssimas sonoramente e, claro, letras que são poesias contemporâneas. Fugindo de esteriótipos e de gêneros criados pela crítica ao longo de 23 anos da carreira de HG, sugiro que ouçam Pouca Vogal. Esqueça o registro autoral e sintam àquele bom e velho antigo estilo de se fazer boa música. Garanto: você também irá se surpreender.

Experimentem as 8 faixas que estão disponíveis para download no site do próprio duo: www.poucavogal.com.br

Até mais!

2 comentários:

Anônimo disse...

Opa! bem vindo ao barco!

agabê disse...

=]